quinta-feira, 5 de julho de 2012

NOVO AUMENTO DO BANDEJÃO DA UFMG: R.U. MAIS CARO DO BRASIL!


 Mais uma vez, a universidade fechada e para poucos do Brasil, mais conhecida como UFMG, anunciou novo aumento nas refeições do restaurante universitário. Vergonhosamente, em um contexto de greves e mobilizações de docentes, estudantes e técnico-administrativos, a reitoria e a fundação de assistência estudantil (FUMP) aprovaram na última reunião do conselho universitário, realizada no dia 03/07, a seguinte tabela de preços:
- o nível I de carência terá refeição gratuita (anteriormente a refeição de todos os níveis era de R$ 0,75);
- os níveis II e III pagarão R$ 1,00;
- o novo nível IV pagará 2,90;
- os demais estudantes não-classificados pela fundação pagarão R$ 4,15;

- comunidade externa pagará R$ 8,50;
Para ter uma ideia, o número de estudantes considerados carentes (nível I, II e III) pela FUMP no ano de 2011 foi de 4.732 em um universo de 49.254 estudantes da universidade. O número de estudantes carentes de nível I que terão acesso gratuito ao restaurante, pelos dados da fundação do ano passado, será por volta de 2.600. Não alongar muito nesses dados, mas isso representa pouco mais de 5% dos estudantes da UFMG que não pagarão pelas suas refeições, outros 4% pagarão R$ 1,00. Não sabemos ainda quantos estudantes serão classificados como nível IV, mas pelos números de estudantes considerados carentes até então pela FUMP, esse número não será expressivo. Dessa forma, é possível que mais de 80% dos estudantes paguem R$ 4,15 por uma refeição no restaurante universitário.
A argumentação do aumento foi construída em cima planilhas orçamentárias, dados, estatísticas, isto é, assentou-se no discurso burocratizado do melhor gerenciamento do restaurante. Ora, como os outros restaurantes universitários de outras universidades se mantêm? Seria uma realidade tão especial a da UFMG para aumentar a refeição para R$ 4,15? O que não se percebe, ou que se opta por não perceber, é que os restaurantes universitários estão inseridos nas políticas de assistência e permanência estudantis, que inclusive têm recursos federais específicos para esse fim.
Temos a certeza de que a grande maioria dos estudantes desconhece esse aumento, no mínimo, escandaloso. A universidade está em greve e também praticamente entrou de férias (para os professores que decidiram entrar de greve somente após o fim de semestre).
O movimento estudantil, dos professores e técnico-administrativos realizaram uma importante manifestação no dia em que foi aprovado os novos aumentos, mas ainda foi insuficiente para barrá-los.
Nas próximas semanas temos que acumular forças, denunciar os aumentos, esclarecer os estudantes (mesmo que pela internet) para que a palavra de ordem escrita em vários cartazes da manifestação se concretize: R$ 4,15 não passará! (na verdade, nos cartazes estava escrito “R$3,80 não passará!”, segundo a FUMP, por um erro de cálculo, a proposta do novo valor das refeições foi de R$ 3,80 para R$ 4,15...absurdo, não?!).
Rodrigo dos Santos Crepalde – Doutorando em Educação.

19 comentários:

  1. Em um universo de 49.254 estudantes da universidade, atualmente apenas uma parcela faz uso regular dos RU, não é sua totalidade! Números são apenas números, e podem ser manipulados para expressar os interesses de quem quer que seja. E a categ. IV terá criterios exclusivos para acesso ao RU, tem a participação estudantil em sua construção e garantirá o acesso a custo menor. Por outro lado, os recursos da assistência estudantil que deixarão de ser direcionados a quem tem melhor condição serão vertidos para programas e projetos dos para os mais vulneráveis socioeconomicamente. Afinal, nem todos na UFMG são igualmente necessitados de assistência. Uma situação que se modifica após muitos anos.

    ResponderExcluir
  2. Olá,

    Evandro, me parece que você é do DCE, devo confessar para você que nós estudantes da UFMG temos que estar envergonhados com o R.U. mais caro do Brasil. Se você não sabe ainda, os preços já foram fixados pelo Reitor/Fump (consulte página da UFMG).
    E por fim, não podemos ser ingênuos com o argumento de assitência aos mais "vulneráveis". Essa é a mesma retórica daqueles que são contra o SUS, educação para todos, etc.

    ResponderExcluir
  3. Sim, sou do DCE e antes de defender meu ponto de vista estudei os documentos disponiveis quanto a custos, fontes de recursos, possibilidades de atendimento, frequencia do RU. O RU não será o mais caro para aqueles que estiverem em situação socioeconomica pior. Utopia é defender que todos, independente de suas possibilidades, sejam beneficiados por recursos da assistência estudantil, em detrimento de outros sem tais possibilidades. Muito me espanta integrantes do PSOL defenderem que os mais abonados também paguem menos do que custa para fazer a refeição! Deviam deixar mais clara essa postura, pois eu achava que a SIGLA defendia um pais de maior equidade!

    ResponderExcluir
  4. concordo que devemos estar envergonhado pelo preço, mas acho q com o aumento( poderia ser menor a 3-3,5) e uma revisão de custo da fundação para baixo, pode-se aumentar o caixa da fundação para custear melhor aqueles que necessitam de bolsas, moradia,etc...no momento o limite está insustentável principalmente do numero de alunos da faculdade que aumentou exageradamente devido ao REUNI e consequentemente os carentes. A fundação tem cobrir aqueles que realmente necessitam de assistência, não todos os estudantes! bolsa família é para todos? não so para quem realmente necessita!

    ResponderExcluir
  5. Moçada,
    A concepção de como a assistência estudantil deve funcionar na UFMG é que está equivocada. A FUMP é uma organização de direito privado e 45% do orçamento dela é voltado pra pagar o próprio pessoal. Se a assistência estudantil estivesse organizada dentro da estrutura da universidade, com uma pró-reitoria específica, os repasses e o financiamento estariam condicionados a outra lógica, e a universalidade do atendimento poderia ser alcançada.
    Isso sem nem entrar no mérito da moradia universitária - que é insuficiente e cara.
    Na boa, esse argumento de que uns precisam mais que outros e que se deve trabalhar a intervenção do DCE no sentido de atender os mais necessitados primeiro, é uma desculpa para uma atuação preguiçosa e elitista da entidade. Foi uma vergonha e ficará marcado na história do movimento estudantil da UFMG que o DCE ONDA votou a favor de um aumento do bandeijão e da moradia...

    ResponderExcluir
  6. Continuo achando curioso universalidade não ser elitista! E gostaria que citassem a fonte de onde vem a informação que a representação estudantil (com integrantes do DAFaFa, CAAP, ex-CACs, q nao sao da gestão do DCE ONDA) votou a favor de um aumento? Em tempo, concordo que outra forma de organização da assist. estudantil disponibilizaria mais recursos, mas mantenho o principio de que filhinho de papai pode pagar preço de custo da refeição. Pra quem não sabe a moradia ficará mais em conta e receberá apenas os que tiverem maiores dificuldades de viver BH.

    ResponderExcluir
  7. "esse argumento de que uns precisam mais que outros e que se deve trabalhar a intervenção do DCE no sentido de atender os mais necessitados primeiro, é uma desculpa para uma atuação preguiçosa e elitista da entidade" atender os mais necessitados é ser elitista? então a causa do PSOL é defender aqueles que menos precisam? isso deve ser progressista! vamos defender o filhinho de papai que estudou em particular porque é ele que vai entra pro partido! onde está a ata que a opinião do DCE foi a favor do aumento? quem manda na UFMG é a reitoria e o conselho universitário, não o DCE. Ele pode negociar mas não pode mandar sobre a decisão do conselho! ou se faz um golpe,depois de todas as negociações, inclusive manifestações, etc ou se cumpre o que determina cara, isso é democracia! PS: não sou da onda, mas não sou alienado por partidos políticos!

    ResponderExcluir
  8. Você, evandro, é do DCE, a divulgação do posicionamento e do que ocorreu no conselho universitário é de responsabilidade de vocês, por favor o façam.

    E é uma atuação preguiçosa do DCE sim! Mantenho meu ponto: qualquer outra gestão de DCE que tivemos no passado (isso desde voz ativa, para além dos muros, outras palavras), teria mobilizado os estudantes muito mais. Teria participado da mobilização dos estudantes que estavam na frente da reitoria. Teria compreendido que uma enquete virtual trata com superficialidade a questão da greve e que não é o suficiente pra saber a posição dos alunos.
    E principalmente: teria feito muito, mas muito mais pra impedir o aumento do bandeijão! Sem sombra de dúvidas, tenho certeza que até uma gestão como a "outras palavras" cogitaria intervenção dos estudantes na reunião e uma ocupação do conselho se necessário. O aumento não poderia passar e é uma questão de interesse dos estudantes. Uma nova forma de se discutir a assistência estudantil e o protagonismo dos estudantes é necessária.

    Por fim, é impressionante como vocês mascaram essa conivência com a reitoria com uma desculpa de que "filhinhos de papai" estariam pagando barato pra almoçar. A grande maioria das pessoas que frequentam o bandeijão o fazem pelo preço, e não pela qualidade. Quem pode optar por outro lugar o faz, tá cheio de restaurante na UFMG. A FUMP não tem mecanismos suficientes (e nunca terá pq não se trata disso) para aferir o grau de carência de estudantes - já vi muito estudante necessitado não ser aprovado.

    E outra, o bandeijão da ufmg é o mais caro do país. Universidades da mesma qualidade da ufmg (pra não virem com esse argumento barato de centro de excelência) e situadas em cidades com maior carestia tem um bandeijão mais barato. Esse fato pra mim é o suficiente para provar que essa política assistencialista e excludente da ufmg tá equivocada. É a lógica primeira da FUMP ser uma entidade de direito privado que tá errada, o resto os fatos provam. É só triste essa conivência de um DCE claramente de direita...

    (ah, sim: podem esperar um aumento no preço das refeições em todos os restaurantes da ufmg.. O bom e velho efeito cascata)

    ResponderExcluir
  9. Bem, primeiro acho que não devemos focar o debate em quem precisa ou não precisa. Não devemos dividir os estudantes dessa forma pq todos temos direito a universidade.
    Um dos maiores problemas do aumento do bandejão não é o aumento em sí, mas sim a concepção de universidade que ele traz consigo. Para começar, o problema que nos deve ser central é ter uma fundação privada dita de apoio gerenciar a verba da assistência estudantil e não uma pró-reitoria de assistência estudantil. Outra coisa, foi aprovado o Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNES), que liberou verbas específicas para a assistência estudantil e agora pergunto: para onde está indo essa verba? E outra coisa, pq o RU da UFF (que inclusive recebeu verbas mto menores que a UFMG em relação ao REUNI) custa 0,70 centavos(para todos, os estudantes carentes não pagam nada) e o da UFMG custa quase cinco vezes mais??
    Ninguém está questionando que os estudantes de baixa renda não tenham o direito ás políticas afirmativas de assistência estudantil, que, inclusive, não pode se resumir também somente a isso.
    O fato é que a UFMG tem se fechado cada vez mais para a sociedade, perdendo cada vez mais a possibilidade de transpor seus próprios muros. As catracas, o fim das festas no campus, um RU que visitante paga R$ 8,50 são apenas umas das políticas de tecnificação do processo educativo (aula-casa, casa-aula), já que nesse processo não há espaço mais nem mesmo para vivência universitária.
    Portanto, o que de fato defendemos é que tenhamos uma universidade onde todos tenham acesso e gratuita pq educação (e nisso entra até mesmo o RU) é um direito e não uma mercadoria, por isso todos devemos ter o mais amplo acesso a todos os espaços da universidade.

    ResponderExcluir
  10. Evandro,

    Desacredito, pelo seus próprios argumentos, que você tenha uma ínfima ideia do que é uma universidade, e o que seja uma assistência estudantil.

    A universidade tem deveres sociais, em vista que goste de argumentações técnicas, baseadas em constituição (Vide lei 9384 da CF 88) e reafirmada no estatuto local, no caso especifico do trato, o da UFMG.

    Observe nesse estatuto "Art. 5º - A Universidade Federal de Minas Gerais, comunidade de professores, alunos e pessoal técnico e administrativo, tem por objetivos precípuos a geração, o desenvolvimento, a transmissão e a aplicação de conhecimentos por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, de forma indissociada entre si e integrados na educação do cidadão, na formação técnico-profissional, na difusão da cultura e na criação filosófica, artística e tecnológica.

    § 1º - A Universidade constitui-se veículo de desenvolvimento regional, nacional e internacional.

    § 2º - É assegurada a gratuidade de ensino, entendida como não-cobrança de anuidade ou mensalidade nos cursos regulares de Ensino Básico, de Graduação, de Mestrado e de Doutorado.

    Art. 6º - A Universidade inspira-se nos ideais de liberdade e de solidariedade humana."

    Bem, nessa linha observamos a promessa do curso superior, Pesquisa, extensão e estudo... A assistência assisti todos os alunos, totalmente ou parcialmente, para que cumpram esses eixos. Nesse prisma o aluno ele tem que se comprometer com academia, para tanto, tem que ter onde morar o que comer e se sustentar para pagar as necessidades básicas, logo se cria mecanismos para tanto (bolsas de estudo, de pesquisa, auxilio a moradia e etc). Como é do interesse social que esses profissionais se formem, parte do imposto é direcionado para a Universidade para esse fim...

    Se o aluno entra e tem que trabalhar 8 horas por dia, ou mesmo ser sustentado por pai, bem, o sistema proposto já é falho. O aluno trabalhador provavelmente vai ter que abrir mão de um dos eixos necessários para fazer o curso superior... será que esse irá se tornar um analítico e colaborador de sua área? Ou um reprodutor de ideias prontas?

    ResponderExcluir
  11. Afinal de contas, QUANDO VALERÁ ESTÁ TAL NOVA TABELA DE PREÇOS?

    ResponderExcluir
  12. Evandro, conta pra gente o mistério que a gente quer saber mas nunca teve a resposta: "qual organização você faz parte?" E uma pessoal aqui: "É a mesma do João Grandino Rodas?"

    ResponderExcluir
  13. "Organização?" Sou estudante em primeira graduação na UFMG, na primeira turma de em curso REUNI, sou assistido pela FUMP, não tenho filiação partidária ou rabo preso com ideologias prontas, faço parte da base do ME desde 2010 e sempre combatendo a orientação partidaria estrita das entidades de base em que as ações vem denfinidas de uma cupula e nao pelas necessidades dos estudantes da UFMG, além de ao menos tempo que produzem gestões que usurpam recursos financeiros. Se bandejão a $0,70 significar menos carentes com bolsas, ou menos carentes com qq outra assistência em prol de uma universalidade, tão defendida neste espaço do PSOL, eu serei contra. As condições de permanencia e de posses extra universidade não podem ser simplesmente ignoradas como se tem feito por aqui. De fato, fica a impressao de que a esquerda deseja os ricos em seus quadros e assim os defende e deseja sua inclusão a qq custo! Naturalmente que mais recursos possibilitam menor valor no RU, mas no atual cenario da UFMG, com aumento significativo de estudantes, com alteração em seu perfil médio, contendo mais egressos das escolas publicas, ainda é pouco atender os mais de 3000 individos que a FUMP auxilia. E eu ser do DCE não altera a obrigação de quem plantou uma informação aqui sem a devida fonte, mesmo apos meu questionamento, inconsebivel para um universitario (supondo q o seja). Da parte do DCE, o mesmo se pronuncia em seu justo ritmo, não é refem daqueles que dele discordam agindo em resposta a comandos partidarios como principio de atuação. Agora, poderia alguem matar minha curiosidade e dizer a qual organização pertence o Rodas? No mais, o esforço atual é retormar a relevância politica, e o respeito, que o DCE UFMG já teve decadas atras, pois, com gestões distantes da grande maioria dos estudantes vinha sendo mais corrente de transmissão dos grupos que o poder pelo poder do que atendendo sua finalidade de ouvir seus representados. Mal que, infelizmente, ainda se repete em várias outras universidades deste país!

    ResponderExcluir
  14. Em tempo, a nova categoria que dará acesso subsidiado ao bandejão está em construção, e trabalhar não será impedimento para se enquadrar nela Franz, tao pouco cor da pele (como a Silvia destacou em outro comentario dela). As alterações entram em vigor em 1 de agosto. E qto ao que é feito com os recursos do PNAES tá disponivel no balanço da FUMP, só procurar em seu site. Novamente reintero que uma outra forma de gerir os recursos da assist. podem gerar melhores resultados, mas algo a ser construido e planejado em detalhes, para não termos a morosidade tipica do serviço publico prejudicando os estudantes.

    ResponderExcluir
  15. Meu caro Evandro,

    Em relação a discussão que parece ter algum sentido para mim...se pensarmos a fump ou a ufmg encerrradas em si mesmas, os seus argumentos parecem justos (uma vez que trabalhamos com o pressuposto inabalável da fump e da ausência de alternativas de políticas de assistência estudantil fora dela).
    Mas esse não é o caso. Por que as políticas de assistência estudantil na UFMG tem que necessariamente ser tão diferenciadas do restante das universidades? O que torna a realidade da ufmg tão especial? Será que a planilha de custos, por exemplo, do R.U. da ufmg é tão diferente assim em relação a R.U.s do sul ou sudeste do país?
    O que temos de tão singular? Na verdade, uma fundação que gerencia a assistência estudantil como se fosse uma empresa, isto é, com um olhar antes para as "planilhas de custos" do que para a assistência e permanência dos estudantes na universidade.
    Então, como podemos manter ou criar políticas de assistência (se você preferir, cada vez mais universais) na universidade? Como acontece em outras universidades, evidentemente que não de forma uniforme, com aportes de recursos da própria universidade (e, em termos de ufmg não precisaríamos de ter muita criatividade).
    Para finalizar, a discussão "socialista". O que você menciona não é socialismo, é neoliberalismo (focalização de políticas públicas, medidas para os pobres dentre os mais pobres, terceirizações, etc.).
    Rodrigo.

    ResponderExcluir
  16. Ok Rodrigo, não vejo como insistir neste debate, aqui é o espaço de vocês, sequer sou bem vindo ou convidado, apenas me atrevi a expor um contraponto. E fica impossivel seguir quando se distorce as falas, algo que invariavelmente acontece, pois nunca defendi implicita ou explicitamente a terceirização. Até pelo contrário, enfatizei que mais recursos publicos são necessários para que mais estudantes possam gastar menos com sua permanencia. De outra forma, não sou eu quem está indo contra a priorização (leia bem, PRIORIZAÇÃO não é privatização) no investimento dos recursos existentes. E toda comparação com outras instituições deve ser ampla e fundamentada em multiplos aspectos, mas não vou pedir para que façam isso, se o quissessem já o teriam feito. Boa discussão pra vocês e saudações aos nobres e irredutíveis comandantes do partido.

    ResponderExcluir
  17. Faltou um detalhe: focar nos pobres entre os mais pobres é como se na UFMG só houvesse pobre. Algo que contradiz outros incontáveis argumentos de a universidade publica é elitista, inclusive a propria UFMG. De fato fico de cara com a manipulação do discurso conforme a conveniência! Aqui me despeço.

    ResponderExcluir
  18. deixe explicar a PSOL porque o preço do bandejão da UFMG é diferente dos demais: 1º-problema está no número/ custo de funcionários que corresponde a 40% do valor da refeição e em outras universidades esse repasse não é colocado no valor final. se multiplicarmos 4,15 por 0,6 dara o preço atual de 2,50. 2º- se ela deixar de cobrar esse valor a FUMP não vai ter caixa para ajudar quem realmente precisa porque seu caixa vai acumular cada vez mais deficit e para funcionários terá que tirar do PNAES.
    E qual o motivo dessa impossibilidade de serem contratados funcionários por concurso público para o Bandeijão e assim esses 40% não serem consumidos? alguém do seu partido poderia perguntar....
    o grande ponto cara, é que UFMG optou por terceirizar o serviço para que o pegamento dos funcionários da assistência estudatil não venha do "seu bolso, da verba do governo" mas daqueles que o pagam diretamente .È como uma terceirização de uma cantina de escola..na minha escola era uma padaria que ofertava o serviço! assim sobrava mais no caixa da escola para serem usados para outros fins..como pagar professores melhores, etc! e no meu caso, por mais caro que a padaria ofertava o serviço, a qualidade do produto era infinitivamente melhor que antes. se quiser comparar o cardápio da UFMG e da UFV,vocês verão a diferença, principalmente no número de opções e talvez até qualidade!

    ResponderExcluir
  19. Pois é Mateus, você disse todas as palavras que resumem um processo que se chama neoliberalismo. Não caia no mesmo erro do Evandro: o pressuposto inabalável da fump. Assim, só resta para você argumentos em cima de planilhas e planilhas.
    Mateus, a terceirização não é uma exclusividade do R.U. Ela também acontece em várias áreas da universidade: bibliotecas, segurança, limpeza, etc.
    Qual a saída da ufmg (se podemos falar assim)? É a pró-reitoria de assistência estudantil e consequentenmente aportes de recursos complementares da ufmg para assistência. Você vai perguntar, e os funcionários? A universidade não pode realizar mais concurso para esse fim. Mas, como será que as outras universidades lidam com essa situação? Será que os seus funcionários dos R.U.s vão ser os mesmos até hoje ou até aposentarem? Evidentemente que não. Uma possibilidade, que poderia ser extensamente debatida na universidade, seria a contratação, por exemplo, dos mesmos funcionários da fump por meio da pró-reitoria de assistência (é claro, por licitação e etc.). É o que acontece nas outras áreas da universidade.
    Isso também não implicaria um abandono nosso da luta por mais verbas para assistência e mais concursos, etc.
    Rodrigo.

    ResponderExcluir