Mais uma vez, a universidade fechada e para poucos do Brasil (UFMG), por meio de sua fundação que pelo menos na intenção deveria prestar assistência estudantil (FUMP), surpreende com o corte do auxílio odontológico a estudantes da comunidade universitária.
Estudantes do Teatro Universitário, Colégio Técnico e de Pós-graduação a partir desse mês não têm mais direito ao auxílio odontológico. É importante destacar que os estudantes que se beneficiavam desse auxílio já eram classificados pela fundação como carentes, isto é, ela própria até mês passado os considerava como estudantes que tinham dificuldade em bancar do próprio bolso um acompanhamento odontológico particular.
A expansão das universidades e o tão comentado Reuni fica para construção de grandes prédios com uma estética conservadora que não abre sequer espaços físicos de convivência e para estatísticas de expansão de vagas sem o aumento correspondente de professores, laboratórios, etc.
Aparentemente, o acesso à universidade é dilatado, mas os mecanismos de permanência como a assistência estudantil, da inserção dos estudantes na produção de conhecimento dentro e fora da universidade, da construção material e simbólica como sujeitos que vivem na e da universidade, seguem uma lógica pragmática e gerencial que privilegia o privado, o resultado de curto prazo, a segregação e o elitismo.
Essa atitude da FUMP só reforça mais uma vez a necessidade de criação de uma Pró-reitoria de assistência estudantil na UFMG e da exigência de mais verbas para garantia da assistência estudantil pública na universidade. Mas também, seria só uma vitória parcial, mais uma pró-reitoria no “papel”, se as decisões da universidade não passarem a se dar em espaços mais amplos e democráticos (como, por exemplo, órgãos colegiados paritários, mecanismos que permitam a participação da sociedade, congressos de toda a comunidade acadêmica com o objetivo de pensar estrategicamente o ensino, a pesquisa e a extensão, etc.).
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