quarta-feira, 11 de julho de 2012

As eleições, a crise da representação política e sua solução

Hoje, muitos de nós pensam que o país, apesar de suas inúmeras mazelas, vem melhorando dia após dia, ainda que a passos lentos. Há um sentimento sincero de que o Brasil encontra-se em um momento privilegiado de sua história.

Percebemos, no entanto, é que essa melhora resume-se praticamente ao tímido aumento do poder de compra de uma grande parte da população, calcado não na redistribuição das riquezas do país, mas da homogeneização do poder de compra da classe média: não há uma "nova classe C ascendente" e o Brasil conta hoje com cada vez mais bilionários.

O mercado, o maior beneficiado com isso tudo, lida com produtores e consumidores, não com cidadãos: nele, a política encontra-se deprimida, incapaz de manifestar-se de forma vigorosa, de demonstrar o seu potencial.

Portanto, apesar da melhoria da situação econômica, há uma evidente e crescente crise de representação política no país (e em BH). Atualmente, e cada vez mais, as pessoas vêem os políticos como seus adversários, como meros competidores por uma pontinha na gigantesca máquina do Estado. Desacreditam tanto da existência de bons nomes quanto da capacidade de alterar as coisas por meio deles e, principalmente, por si mesmos.

Há uma solução para isso: a participação política. Ativa, decidida, disposta. Nós, do PSOL, temos o dever de afirmar que política não se trata apenas de representação, de eleições ou de mais uma obrigação chata: ir para as ruas, propor, debater, ouvir, aprender, tudo isso é muito prazeroso e libertador!  Busque entender quais os principais problemas de sua comunidade, da nossa Região Metropolitana, do país em que você vive. Ocupe sua rua, seu bairro, sua cidade, organize-se!

Estamos dispostos a dar vazão e a aprender com a experiência de cada um. Não somos um grupo iluminado e nem temos todas as respostas, mas somos determinados e abertos ao diálogo. Todos nós, em sua experiência cotidiana, temos algo a dizer sobre o que nos aflige, e também soluções. Que não cairão do céu ou de um prefeito ou um vereador iluminados, mas do conjunto de nós: política não precisa fundamentalmente de dinheiro e nem de propaganda. Política não é feita com essas coisas, política é feita com gente e pela gente.

O nosso partido vem para essas eleições disposto a mudar a cara dessa cidade. De devolver a todos nós a vontade e a possibilidade de participar ativamente da vida pública e da cidade. Nosso programa para BH é fruto de um enorme acúmulo político conquistado pelos nossos militantes e por diversas figuras que vivem (n)essa cidade. E ele pode ainda mais! Basta que você queira: entre em contato conosco, leia nossas propostas, sugira, aprenda! Devolva a BH a sua história de intensa participação política!


Por uma BH além do possível!

Pedro Raidan (graduando em Ciências Sociais UFMG).

Nenhum comentário:

Postar um comentário