Hoje, muitos de nós pensam que o país, apesar de suas inúmeras
mazelas, vem melhorando dia após dia, ainda que a passos lentos. Há um
sentimento sincero de que o Brasil encontra-se em um momento
privilegiado de sua história.
Percebemos, no entanto, é que essa melhora resume-se praticamente ao tímido aumento do poder de compra de uma grande parte da população, calcado não na redistribuição das riquezas do país, mas da homogeneização do poder de compra da classe média: não há uma "nova classe C ascendente" e o Brasil conta hoje com cada vez mais bilionários.
O mercado, o maior beneficiado com isso tudo, lida com produtores e consumidores, não com cidadãos: nele, a política encontra-se deprimida, incapaz de manifestar-se de forma vigorosa, de demonstrar o seu potencial.
Portanto, apesar
da melhoria da situação econômica, há uma evidente e crescente crise de
representação política no país (e em BH). Atualmente, e cada vez mais,
as pessoas vêem os políticos como seus adversários, como meros
competidores por uma pontinha na gigantesca máquina do Estado.
Desacreditam tanto da existência de bons nomes quanto da capacidade de
alterar as coisas por meio deles e, principalmente, por si mesmos.
Há
uma solução para isso: a participação política. Ativa, decidida,
disposta. Nós, do PSOL, temos o dever de afirmar que política não se
trata apenas de representação, de eleições ou de mais uma obrigação
chata: ir para as ruas, propor, debater, ouvir, aprender, tudo isso é
muito prazeroso e libertador! Busque entender quais os principais
problemas de sua comunidade, da nossa Região Metropolitana, do país em
que você vive. Ocupe sua rua, seu bairro, sua cidade, organize-se!
Estamos
dispostos a dar vazão e a aprender com a experiência de cada um. Não
somos um grupo iluminado e nem temos todas as respostas, mas somos
determinados e abertos ao diálogo. Todos nós, em sua experiência
cotidiana, temos algo a dizer sobre o que nos aflige, e também
soluções. Que não cairão do céu ou de um prefeito ou um vereador
iluminados, mas do conjunto de nós: política não precisa
fundamentalmente de dinheiro e nem de propaganda. Política não é feita
com essas coisas, política é feita com gente e pela gente.
O
nosso partido vem para essas eleições disposto a mudar a cara dessa
cidade. De devolver a todos nós a vontade e a possibilidade de
participar ativamente da vida pública e da cidade. Nosso programa para
BH é fruto de um enorme acúmulo político conquistado pelos nossos
militantes e por diversas figuras que vivem (n)essa cidade. E ele pode
ainda mais! Basta que você queira: entre em contato conosco, leia nossas
propostas, sugira, aprenda! Devolva a BH a sua história de intensa
participação política!
Por uma BH além do possível!
Pedro Raidan (graduando em Ciências Sociais UFMG).
Nenhum comentário:
Postar um comentário