quinta-feira, 1 de novembro de 2012

“Pentacontálogo”: 50 RAZÕES PARA ESTAR NO PSOL

Chico Alencar
Professor e deputado federal PSOL-RJ
 
No Brasil inteiro, as eleições municipais assinalam o início do cansaço da população com as grandes máquinas de captar votos, dos partidos fortes, mas ideologicamente anêmicos e muito assemelhados em suas práticas. E, no miúdo mas concreto, o extraordinário desempenho do pequeno PSOL, que busca se afirmar com nitidez e princípios. Elegemos 49 vereadores (crescimento de 96%), tendo agora representação - para fazer a diferença! - em capitais como Macapá, Belém, Rio de Janeiro, Fortaleza, Natal, Maceió, Salvador, Goiânia, São Paulo, Florianópolis e Porto Alegre.
O Rio é um capítulo especial e comovente. Os 914.082 votos em Marcelo Freixo são marco histórico de uma eleição de turno único. Afinal, Paes, com o PMDB e sua aliança de negócios, Maia (DEM), Otávio (PSDB) e Aspásia (PV) representam o mesmo projeto. Não por acaso, o prefeito reeleito já foi de todos esses partidos... Então, fomos nós, do PSOL, que galvanizamos as forças sociais da cidadania, reencantando parte importante da juventude para a política, contra o sistema! Não houve vitória eleitoral na majoritária, mas uma baita vitória política. As urnas nos consideraram, de forma consciente e luminosa: temos a 2ª maior bancada da Câmara carioca, os três vereadores mais votados em Niterói - onde o candidato a prefeito Flávio Serafini também brilhou - e a 1ª prefeitura 'psolar' do país, Itaocara, do nosso combativo Gelsimar.
O PSOL é um partido em formação. Nosso projeto é de um partido de massas, composto por lutadores e lutadoras sociais com diferenciados acúmulos políticos, irmanados numa plataforma política unitária, numa
prática cotidiana conjunta e na capacidade de oferecer aos filiados espaços de formação política.
O nosso partido busca se construir diretamente ligado às lutas da cada vez mais diversificada classe trabalhadora, constituindo-se como uma organização que não tutela os movimentos, mas é parte integrante dos mesmos, através da nossa militância e dos nossos parlamentares.
Fazemos um convite a vocês para, junto conosco, construirmos o PSOL e torná-lo cada vez mais um importante instrumento de luta na formação de uma sociedade ecossocialista, feminista e libertária, livre de qualquer forma de exploração, dominação e preconceito.


“Pentacontálogo”: 50 RAZÕES PARA ESTAR NO PSOL
1) ter um projeto de sociedade que combina socialismo e liberdade;
2) proclamar o socialismo, hoje, como acúmulo para a socialização
dos grandes meios de produção e, de imediato, dos meios de governar;
3) propagar o internacionalismo solidário dos povos;
4) defender a necessária soberania nacional;
5) tornar-se instrumento de consciência política e organização da
população;
6) articular-se com os movimentos populares, para expressá-los e
apoiá-los, e não para aparelhá-los;
7) compreender que a crise ambiental, que envenena o planeta, e o
colapso social, derivam da expansão predatória do sistema capitalista
mundial;
8) radicalizar a democracia participativa como valor universal;
9) agir com ética e transparência, inclusive no que diz respeito às
estruturas internas;
10) forjar, em cada gesto militante, a humanidade nova, não
competitiva nem consumista;
11) separar governo de partido, que deve sempre ser a consciência
crítica do primeiro, e separar governo de sindicato;
12) perceber a diferença entre estar no governo e ter poder;
13) dissociar interesse público de interesse privado;
14) fazer a opção preferencial pelos explorados e oprimidos;
15) dinamizar a ocupação do espaço institucional com a energia
questionadora do movimento social;
16) saber-se herdeiro de séculos de resistência indígena, negra,
feminina e popular;
17) cooperar decisivamente na constituição de uma ampla frente
antineoliberal;
18) elevar o horizonte utópico como mística imprescindível para
avançar na luta social;
19) reiterar que os meios já são os fins, em processo de realização;
20) lutar pela justiça e pela paz sendo justo e pacífico desde já;
21) entender que a complexidade social não eliminou o embate entre
esquerda e direita;
22) vivenciar o ser esquerda como crença generosa e militância de
base pela igualdade total entre os seres humanos;
23) afirmar que a igualdade não suprime a diferença nem a saudável
diversidade;
24) rejeitar a falácia do caminho único da economia globalitária de
mercado;
25) recusar o pensamento único do individualismo burguês
egocêntrico e anti-social;
26) subordinar o interesse das minorias ao interesse coletivo;
27) combater a ditadura do mercado e do capital financeiro;
28) denunciar a politicagem fisiológica que rebaixa as relações
políticas;
29) criticar o mito da governabilidade parlamentar como pacto das
elites conservadoras;
30) evitar que o organismo partidário torne-se máquina burocrática e
negocista;
31) atuar não apenas nas disputas eleitorais, mas no cotidiano da vida
do povo;
32) questionar todo vanguardismo;
33) cutucar todo imobilismo;
34) elaborar programas sempre abertos a novas formulações,
mantendo seu compromisso de classe;
35) compor alianças programáticas e não pragmáticas;
36) construir uma imprensa alternativa e uma comunicação
independente;
37) trabalhar com idéias e propostas, contrapondo-se a todo
clientelismo;
38) respeitar a dignidade e capacidade de cada ser humano,
contrapondo-se a todo paternalismo;
39) apostar no potencial das redes de economia solidária, na reforma
agrária ecológica e libertária, nas cooperativas e nas formas alternativas
de produção;
40) abrir caminhos novos de desenvolvimento auto-sustentável, com
fontes renováveis de energia, rumo ao “comunismo solar”;
41) reduzir os gastos do aparelho de Estado com sua auto-reprodução,
favorecendo investimentos no social;
42) ampliar o controle popular sobre os órgãos de governo;
43) incentivar a consolidação da identidade cultural brasileira;
44) fustigar a corrupção crônica e sistêmica das relações econômicas e
políticas;
45) aproximar a força do mundo do trabalho e a energia criadora do
mundo da cultura;
46) confrontar o personalismo, forjando, no debate fraterno, a vontade
coletiva;
47) reconhecer derrotas e debilidades, ainda que sabendo-as não
definitivas;
48) buscar a hegemonia do bom senso e não de imposições
majoritárias;
49) ser a mudança que se quer no mundo;
50) viver Maiakovski: gente é pra brilhar: este é o meu lema, e o do sol
também!

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